9 de set. de 2011

Ternura quase impossível
























A uma luz perigosa como água
De sonho e assalto
Subindo ao teu corpo real
Recordo-te
E és a mesma
Ternura quase impossível
De suportar
Por isso fecho os olhos
(O amor faz-me recuperar
incessantemente o poder da provocação.
É assim que te faço arder triunfalmente
onde e quando quero.
Basta-me fechar os olhos)

Por isso fecho os olhos

E
convido a noite para a minha cama
Convido-a a tornar-se
Tocante
Familiar
Concreta
Como teu corpo decifrado
E sob a forma desejada

A noite deita-se comigo
E é a tua ausência
Nua nos meus braços...


Alexandre O´Neill

Um comentário:

Ana disse...

Não conhecia este poema. Ainda bem que também gostas de Alexandre O'Neill.
Um beijo.