7 de abr. de 2007


Deslizou no meu rosto
O sal docíssimo de uma lágrima
derramando languidamente
brilho a rosa escarlate

Lábios trêmulos
na nudez da tua voz
adivinhando meu corpo
sílaba por sílaba
húmida pele marinha
pontuando suavidade de brisa

Na delicada ausência
renasce a febre
no céu da minha boca
que arde em seda e chama

Faz-se o milagre
e o meu céu
da boca
estremece
o teu sangue

2 comentários:

Daniel Aladiah disse...

Nunca estamos completamente felizes. Há sempre capítulos da nossa vida que ficam estagnados, como se estivessemos amarrados na dor, sem nos conseguirmos libertar. Para ter acesso a uma nova forma de felicidade, tive que deixar de ter outros amores.
Mas gostava de saber de ti...
Um beijo
Daniel

Nilson Barcelli disse...

Excelente poema, onde a sensualidade feminina é escrita com grande sensibilidade.
Beijos.