25 de out. de 2007

Estilhaçados versos


Estilhaçados versos
partidos em pedaços
Dos cacos
restaram apenas
um lamento
que a embriaguez devora
A cor
o som das palavras
vãs palavras
pura ilusão
Todo espaço ficou vazio
da tua voz
correnteza de sons
Nos poemas amarelados
pelo tempo
do tempo que nos afastou
como um soco
no estômago
que arde
A dor do vazio
de ser
apenas...mais um ser

24 de out. de 2007


Se o sol está lá fora
pq chove aqui?

Silêncio azul...impossível


Evaporam
gotas
encantadas gotas
retendo a explosão
oscilante
do desejo
ondulando o fluxo
das veias
colando o vestido
suado na pele

Rasguei o silêncio
de um azul impossível
comi tua carne e
envenenei-me de ti

21 de out. de 2007

Explícito


Nos lábios
gotejam
formas claras
íntimas
ato ilícito
reunindo contas
pérolas negras
Meu delito
é desejar-te
assim
nu
explícito


16 de out. de 2007

Paixões de Seda


Não sei-te mais
já não escrevo
meu coração
ardente de melancolia
agita-se

na voluptuosidade
das paixões de seda
desliza
na doçura suave de uns lábios
nas noites intermináveis


O meu quarto é branco e preto
vermelho só a cor do silêncio
todo meu corpo é luz acesa
dos meus lábios

vertem mel e gengibre
talhando a garganta

estancando ás lágrimas

Tenho o teu nome escorrendo
em cada veia

És uma faca cravada na minha pele nua...

12 de out. de 2007

La Piel


A veces me encierro tras puertas abiertas
A veces te cuento porque este silencio

"y es que a veces soy tuyo y a veces del viento"

¿Por que es tan dificl sentir como siento?
A veces te miro y a veces te dejas
me prestas tus alas, revisas tus huellas
A veces por todo aunque nunca me falles
A veces te juro de veras que siento,
no darte la vida entera, darte solo esos momentos

Cuando nadie me ve
puedo ser o no ser
cuando nadie me ve pongo el mundo al reves
cuando nadie me ve no me limita la piel

Te escribo desde los centros de mi propia existencia

donde nacen las ansias, la infinita esencia

“No enciendas las luces

que tengo desnudos,

el alma y el cuerpo”


Cuando Nadie Me ve
*Alejandro Sanz

6 de out. de 2007

Deseo


Sólo tu corazón caliente,
y nada más.

Mi paraíso un campo
sin ruiseñor
ni liras,
con un río discreto
y una fuentecilla.

Sin la espuela del viento
sobre la fronda,
ni la estrella que quiere
ser hoja.

Una enorme luz
que fuera
luciérnaga
de otra,
en un campo
de miradas rotas.

Un reposo claro
y allí nuestros besos,
lunares sonoros
del eco,
se abrirían muy lejos.

Y tu corazón caliente,
nada más.

Federico García Lorca (1898 - 1936)