15 de nov. de 2007


Prescruto.
Nas linhas dos horizontes.
Por entre a penumbra do azul marinho.
E o encandescente das minhas tormentas núvens.
E nada vislumbro!

Cego-me ao me vislumbrar.
De pontes,
iluminadas por ruidosas trovoadas.
E enegrecidas por infinitos vazios,
da minha inútil tangibilidade.

Prescruto além desses horizontes.
Vã, vamente!
Resta um tormentoso ardor, salgado.
Da marezia dos meu mensurável mar.

Como posso prescrutar se sou míope.
E insane?

E se faço por olvidar,
Que os meus horizontes afinal não o são!
E só são os teus olhos.

Doces e celestes.
Mas que, de tão presentes ausentes,
jamais os prescrustarei.
Restando-me, pois, meiga-los.

Com o revolto mar de maresia,
de uma tua doce lágrima.
Sempre envolvida em encandescente luar.
Do teu quente luar.

Não podendo, pode ser?

*R

4 comentários:

rogério sousa disse...

... para não quebrar nada, nem o encanto, posso dizer só que está belíssimo?...

O Profeta disse...

Os Deuses acordaram a ilha
Passaram a noite em celeste folia
Irritaram a chuva e o vento
Construíram castelos na maresia

Bom fim de semana



Mágico beijo

Nilson Barcelli disse...

Excelente poema, cara amiga.
Para ler com muita atenção, dada a finura do estilo literário empregue.

Bfs, beijinhos.

Maré Viva disse...

Poema tocante, música absolutamente integrada, ficaria horas a ouvi-la..

Beijinhos