13 de ago. de 2008



É quando a chuva cai,
é quando olhado devagar
que brilha o corpo.
Para dizê-lo a boca
é muito pouco,
era preciso que também
as mãos vissem esse brilho,
dele fizessem
não só a música,
mas a casa.
Todas as palavras
falam desse lume,
sabem à pele
dessa luz molhada.

(Eugênio de Andrade)

2 comentários:

Daniel Aladiah disse...

Querida Eliane
O nosso Eugénio... as palavras que nos unem.
Um beijo
Daniel

Maré Viva disse...

Eugénio de Andrade, um dos meus poetas preferidos, com a sua sensibilidade a transbordar de cada palavra.
Excelente escolha!
Bjs.