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"Lancei
cordas
de campanário
a campanário;
grinaldas
de janela
a janela;
cadeias
de ouro
de estrela
a estrela,
e danço"
Jean-Arthur Rimbaud
Te amei no transparente
azul sem te ver
Só as lembranças de ti
que me tocam
Não conheço a luz dos
teus olhos
mas sinto no calor
deste meio-dia-ardente
os aromas de ti
que me incendeiam
num desmedido encanto
Te amei sem que soubesses
que neste instante
tudo o que me rodeia
tem o teu nome
a tua voz
o teu rosto
Agora até o sol
que doura minha pele
arde como fogo
neste pedaço de azul
onde te encontro...
"... E a dor,
afinal,
é o mais
individual
poema
d'amor."
António de Navarro
A face imaginária
inquieta meus instintos
perdi-me da voz
soltei-me dos braços
larguei as palavras
esqueci-me de mimo
reflexo do enigma
aprofunda seus mistérios
num universo sem nome
num desvio de rumos
onde despontam as sombras
da improvável forma...
Otávio Corala
(...)É à noite
que o silêncio
me grita
a tua ausência
E o coração
galopa
imagens de ti
tão perto
tão longe(...)
António C. Pires