
28 de nov. de 2007
18 de nov. de 2007
15 de nov. de 2007

Prescruto.
Nas linhas dos horizontes.
Por entre a penumbra do azul marinho.
E o encandescente das minhas tormentas núvens.
E nada vislumbro!
Cego-me ao me vislumbrar.
De pontes,
iluminadas por ruidosas trovoadas.
E enegrecidas por infinitos vazios,
da minha inútil tangibilidade.
Prescruto além desses horizontes.
Vã, vamente!
Resta um tormentoso ardor, salgado.
Da marezia dos meu mensurável mar.
Como posso prescrutar se sou míope.
E insane?
E se faço por olvidar,
Que os meus horizontes afinal não o são!
E só são os teus olhos.
Doces e celestes.
Mas que, de tão presentes ausentes,
jamais os prescrustarei.
Restando-me, pois, meiga-los.
Com o revolto mar de maresia,
de uma tua doce lágrima.
Sempre envolvida em encandescente luar.
Do teu quente luar.
Não podendo, pode ser?
*R
14 de nov. de 2007
12 de nov. de 2007
Páginas inesperadas...

"O desejo foi o princípio, medo, desejo e uma curiosidade
inquietante pelo que devia vir"
"Thomas Mann"
(A Morte em Veneza )
Agradeço o gentil convite do
Convido os amigos e amigas a continuarem este delicioso desafio...
As dicas aqui : http://lenozzedifigaro.blogspot.com/2007/11/passatempo.html
7 de nov. de 2007
Mas que silêncio.................

Cedros, abertos,
pinheiros novos.
O que há no tecto
do céu deserto,
além do grito?
Tudo que é nosso.
São os teus olhos
desmesurados,
lagos enormes,
mas concentrados
nos meus sentidos.
Tudo que é nosso
é excessivo.
E a minha boca,
de tão rasgada,
corre-te o corpo
de pólo a pólo,
desfaz-te o colo
de espádua a 'spádua.
São os teus olhos.
Depois, o grito.
Cedros, abertos,
pinheiros novos.
É o regresso.
É no silêncio
do outro extremo
desta cidade
a tua casa.
É no teu quarto
de novo o grito.
E mais nocturna
do que nunca
a envergadura
das nossas asas.
Punhal de vento,
rosa de espuma:
morre o desejo,
nasce a ternura.
Mas que silêncio na tua casa!........................
( David Mourão Ferreira )
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