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26 de dez. de 2009
Feliz Ano Novo!
Este ano quero paz
No meu coração
Quem quiser ter um amigo
Que me dê a mão...
O tempo passa e com ele
Caminhamos todos juntos
Sem parar
Nossos passos pelo chão
Vão ficar...
Marcas do que se foi
Sonhos que vamos ter
Como todo dia nasce
Novo em cada amanhecer...
Video= Marcas do que se foi
21 de dez. de 2009
Feliz Natal e Ano Novo!

Desejo a todos meus visitantes anônimos,
amigos e famíliares um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de saúde,
paz e felicidade.
E a ti Manuel ... para sempre meu amor e carinho.
Abraços!
Foto-Eliane
http://www.eyefetch.com/profile.aspx?user=nanyolivier
15 de dez. de 2009
Flor de Tangerina

Hoje eu sonhei que ela voltava
E vinha muito mais que linda
À meia luz me acordava
Cheirando a flor de tangerina
Eu lhe amava e mergulhava
No seu olhar de azul piscina
E docemente me afogava
Em suas águas cristalinas
Depois sonhei que ela voltava
E dessa vez bem mais que linda
À meia luz me afagava
E sua pele era tão fina
Quando acordei meu bem chegava
Não sei se ela me quer ainda
Chegar assim de madrugada
Desconfiada e meio tímida.
Música-Alceu Valença
Foto- Eliane
14 de dez. de 2009
8 de dez. de 2009
Brasa incandescente

Brasa
negra
azeviche e fetiche
carvão e chama
rubra
manga sanguínea
madura
incandescente
corpo, olhos, brilho, perfeição
fascínio fêmea
batuque combustão
vertigem
amor e sexo
liberdade sem nexo
raiva e paixão
áfrica
alma inspiração
delírio
exaustão
suor e chuva
tição
cinza
sopro
pó de amor
recordação
Henrique Pedro
6 de dez. de 2009
Oceano Nox
Junto do mar, que erguia gravemente
A trágica voz rouca, enquanto o vento
Passava como o vôo do pensamento
Que busca e hesita, inquieto e intermitente,
Junto do mar sentei-me tristemente,
Olhando o céu pesado e nevoento,
E interroguei, cismando, esse lamento
Que saía das coisas, vagamente...
Que inquieto desejo vos tortura,
Seres elementares, força obscura?
Em volta de que idéia gravitais?
Mas na imensa extensão, onde se esconde
O Inconsciente imortal, só me responde
Um bramido, um queixume, e nada mais...
Antero de Quental, in "Sonetos"
Foto-Eliane
5 de dez. de 2009
Morena Tropicana

Da manga rosa quero o gosto e o sumo,
melão maduro, saputi, juá,
jabuticaba, teu olhar noturno,
beijo traboso de umbucajá.
Pele macia é carne de caju,
saliva doce, doce mel, mel guruçu,
linda morena, fruta de vez temporana,
caldo de cana caiana, vem me desfrutar!
Morena tropicana, eu quero o teu sabor,
Alaceu Valença
Foto-Eliane
4 de dez. de 2009
27 de nov. de 2009
23 de nov. de 2009
10 de nov. de 2009
Madrigal
Recorda meu amor
a serra da estrela
a neve
o mar
as praias
os vinhedos
campos dourados
labirintos
onde nos amávamos?
lembra do doce cheiro do limoeiro
na nossa cama
ao amanhecer?
o teu corpo quente
deleite para meus lábios
madrigal de delícias
para começar o dia
sempre como se fosse o primeiro?
Espera
agora eu lembro meu amor
isto foi um sonho
Acordei...
4 de nov. de 2009
1 de nov. de 2009
Gaivotas do Vento
Com os pés descalços
na areia da praia
entro inteira no mar
em busca das tuas palavras
que agora são incógnitas
enigmas à deriva
sem cais de porto
onde ancorar
a parte de mim
que levaste
Sem ti
sou apenas brisa do mar
algas dançando um balé
aflito
sulcando as espumas
devorando em mim
o desejo que em ti arpoava
gaivotas do vento
do tempo
que eras meu
30 de out. de 2009
Naquele quarto de hotel
vi morrer os minutos e as horas
juntei minhas mãos as tuas
prendi-te em mim
e ficamos ali
difusos
unidos
sem palavras
meu corpo cerzido ao teu
lá fora as sirenes latentes
o vento morno do fim de tarde
e a hora dolorosa da partida
marcada a ferro na minha
saudade futura
das pequenas coisas que fizemos juntos
a amarga certeza que
é demasiado tarde meu amor
não me pedirás para não partir
e como se não houvesse amanhã
sinto minha solidão
a deriva
no sentimento extremo do adeus
que vi nos teus olhos
deixaste-me ir mais uma vez meu amor
num vôo para a infinita saudade de ti
na dor fantasma da falta do
teu corpo junto ao meu
26 de out. de 2009
Êxtase aturdido
Um soco no estômago
dor cortante como lâmina na pele nua
ferindo num corte profundo
insistente
esperei por segundos tua voz doce me acordar
e dizer: não querida foi só um pesadelo
mas tuas palavras calaram-se
tua voz tornou-se grave
quando dei por mim
já não sabia
com quem estava falando
agora não há nenhuma emoção
apenas uma folha branca
uma interrogação constante
desconcertante
uma mancha de sangue sob a blusa
e no lugar do desejo uma concha oca
vazia
no lugar de uma flor uma pétala seca
Êxtase aturdido na ferida aberta
da cumplicidade estraçalhada
nenhuma emoção meu amor
nenhuma voz voltará a
incendiar o meu corpo em fogo
com lágrimas
ternura e gozo
não deixarei que outro amor
pise na ferida aberta sob a blusa
24 de out. de 2009
Amas-me??
22 de out. de 2009
14 de out. de 2009
Abri a porta
entraste
e o mundo inteiro ficou lá fora
no corredor
acaricia meu rosto com tuas mãos
toca meu sexo com teus dedos
ondula minhas curvas
salga-me
absorve o mar de
água doce dos meus beijos
trespassa-me com teus olhos
ilumina o sol entre os meus seios
sopra nos meus cabelos
chora no meu peito
semeia tua fome
e colhe frutos no meu corpo
inteiro
entrelaça tuas mãos nas minhas
olha nos meus olhos
sente-me
sou tua
12 de out. de 2009
Orgasmo
Ouço
no silêncio
do quarto a tua voz
percorrendo
cada veia
do meu corpo
sangue quente
percorrendo
louco
rio incandescente na
noite escaldante
luz prata
brilhante
que toca meus lábios
delicadamente
propagando ondas
de prazer pela noite
tua voz
no meu corpo
dedilhando música de seda
poesia de amantes
3 de out. de 2009
A ti, sempre
No fim tu hás de ver
que as coisas
mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha
um dia o próprio vento...
Mário Quintana
1 de out. de 2009
Sombras de nanquim
Não me importa o amor que tenhas
e o amor não se dá
nem tem nada para dar
As tuas mãos nas minhas
são o tempo que volta
a mover sombras de nanquim,
e nos teus lábios
é o sabor a tinta que me atrai.
Ebbro d'inchiostro é mais bonito, quando
ao calor de agosto as bocas se desatam
e as línguas mordem a brancura do linho.
António Franco Alexandre
( in Quatro caprichos)
24 de set. de 2009
Meu amor, há uma doce luz no silêncio

"Permita que eu feche os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.
Permita que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silêncio,
e a dor é de origem divina.
Permita que eu volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo"
Cecília Meireles
11 de ago. de 2009
Crepúsculo
18 de jul. de 2009

(...)Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
Olha
Será que ela é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
Sim, me leva pra sempre,
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Aí, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz(...)
Edu Lobo/Chico Buarque
26 de mai. de 2009

Os teus pés
Quando não posso contemplar teu rosto,
contemplo os teus pés.
Teus pés de osso arqueado,
teus pequenos pés duros.
Eu sei que te sustentam
e que teu doce peso
sobre eles se ergue.
Tua cintura e teus seios,
a duplicada púrpura
dos teus mamilos,
a caixa dos teus olhos
que há pouco levantaram vôo,
a larga boca de fruta,
tua rubra cabeleira,
pequena torre minha.
Mas se amo os teus pés
é só porque andaram
sobre a terra e sobre
o vento e sobre a água,
até me encontrarem.
Pablo Neruda
2 de mai. de 2009
Lembra De Mim

Lembra de mim
Dos beijos que escrevi nos muros a giz
Os mais bonitos continuam por la
Documentando que alguem foi feliz
Lembra de mim
Nos dois nas ruas provocando os casais
Amando mais do que o amor e capaz
Perto daqui, ah! tempos atras
Lembra de mim
A gente sempre se casava ao luar
Depois jogava nossos corpos no mar
Tao naufragados e exaustos de amar
Lembra de mim
Se existe um pouco de prazer em sofrer
Querer te ver talvez eu fosse capaz
Perto daqui, ou, tarde demais
Lembra de mim...
( Ivan Lins)
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