A uma luz perigosa como água
De sonho e assalto Subindo ao teu corpo real
Recordo-te
E és a mesma
Ternura quase impossível
De suportar
Por isso fecho os olhos
(O amor faz-me recuperar
incessantemente o poder da provocação.
É assim que te faço arder triunfalmente
onde e quando quero.
Basta-me fechar os olhos)
Por isso fecho os olhos
E convido a noite para a minha cama
Convido-a a tornar-se
Tocante
Familiar
Concreta
Como teu corpo decifrado
E sob a forma desejada
A noite deita-se comigo
E é a tua ausência
Nua nos meus braços...
Alexandre O´Neill
Um comentário:
Não conhecia este poema. Ainda bem que também gostas de Alexandre O'Neill.
Um beijo.
Postar um comentário