
31 de dez. de 2007
21 de dez. de 2007

nos teus dedos e sobe
pelas veias do verso
quando o sangue se move
só por dentro dos ossos
entre o som e o medo?
Donde emerge o remorso
de ferir o silêncio
e deixar que o desejo
a pairar se dissolva
num arpejo de dor
quando o verso já sobe
nas veias dos teus dedos
e a música começa?
José Augusto Seabra
15 de dez. de 2007

Encontro-te no vento
virás abraçar-me como os ramos da árvore
e chegaremos ao coração da cidade
Ao meio-dia sei:
A distância do meu corpo ao teu grito
corresponde à do teu sopro ao meu ouvido
eis a anatomia do silêncio
De tarde fico exausta:
Circulo pelas ruas e roço-me nas praças
À noite adormecemos:
Será que te lembras? será que me lembro?
Amanhã alegro-me de novo:
Imagino a floresta, parto o espelho
e recomeço a ir ao teu encontro.
Teresa Balté
11 de dez. de 2007
6 de dez. de 2007
3 de dez. de 2007
28 de nov. de 2007
18 de nov. de 2007
15 de nov. de 2007

Prescruto.
Nas linhas dos horizontes.
Por entre a penumbra do azul marinho.
E o encandescente das minhas tormentas núvens.
E nada vislumbro!
Cego-me ao me vislumbrar.
De pontes,
iluminadas por ruidosas trovoadas.
E enegrecidas por infinitos vazios,
da minha inútil tangibilidade.
Prescruto além desses horizontes.
Vã, vamente!
Resta um tormentoso ardor, salgado.
Da marezia dos meu mensurável mar.
Como posso prescrutar se sou míope.
E insane?
E se faço por olvidar,
Que os meus horizontes afinal não o são!
E só são os teus olhos.
Doces e celestes.
Mas que, de tão presentes ausentes,
jamais os prescrustarei.
Restando-me, pois, meiga-los.
Com o revolto mar de maresia,
de uma tua doce lágrima.
Sempre envolvida em encandescente luar.
Do teu quente luar.
Não podendo, pode ser?
*R
14 de nov. de 2007
12 de nov. de 2007
Páginas inesperadas...

"O desejo foi o princípio, medo, desejo e uma curiosidade
inquietante pelo que devia vir"
"Thomas Mann"
(A Morte em Veneza )
Agradeço o gentil convite do
Convido os amigos e amigas a continuarem este delicioso desafio...
As dicas aqui : http://lenozzedifigaro.blogspot.com/2007/11/passatempo.html
7 de nov. de 2007
Mas que silêncio.................

Cedros, abertos,
pinheiros novos.
O que há no tecto
do céu deserto,
além do grito?
Tudo que é nosso.
São os teus olhos
desmesurados,
lagos enormes,
mas concentrados
nos meus sentidos.
Tudo que é nosso
é excessivo.
E a minha boca,
de tão rasgada,
corre-te o corpo
de pólo a pólo,
desfaz-te o colo
de espádua a 'spádua.
São os teus olhos.
Depois, o grito.
Cedros, abertos,
pinheiros novos.
É o regresso.
É no silêncio
do outro extremo
desta cidade
a tua casa.
É no teu quarto
de novo o grito.
E mais nocturna
do que nunca
a envergadura
das nossas asas.
Punhal de vento,
rosa de espuma:
morre o desejo,
nasce a ternura.
Mas que silêncio na tua casa!........................
( David Mourão Ferreira )
2 de nov. de 2007
25 de out. de 2007
Estilhaçados versos

partidos em pedaços
Dos cacos
restaram apenas
um lamento
que a embriaguez devora
A cor
o som das palavras
vãs palavras
pura ilusão
Todo espaço ficou vazio
da tua voz
correnteza de sons
Nos poemas amarelados
pelo tempo
do tempo que nos afastou
como um soco
no estômago
que arde
A dor do vazio
de ser
apenas...mais um ser
24 de out. de 2007
Silêncio azul...impossível
21 de out. de 2007
Explícito
16 de out. de 2007
Paixões de Seda

já não escrevo
meu coração
ardente de melancolia
agita-se
na voluptuosidade
das paixões de seda
desliza
nas noites intermináveis
O meu quarto é branco e preto
vermelho só a cor do silêncio
todo meu corpo é luz acesa
dos meus lábios
vertem mel e gengibre
talhando a garganta
estancando ás lágrimas
Tenho o teu nome escorrendo
em cada veia
És uma faca cravada na minha pele nua...
12 de out. de 2007
La Piel

A veces me encierro tras puertas abiertas
A veces te cuento porque este silencio
"y es que a veces soy tuyo y a veces del viento"
¿Por que es tan dificl sentir como siento?
A veces te miro y a veces te dejas
me prestas tus alas, revisas tus huellas
A veces por todo aunque nunca me falles
A veces te juro de veras que siento,
no darte la vida entera, darte solo esos momentos
Cuando nadie me ve
puedo ser o no ser
cuando nadie me ve pongo el mundo al reves
cuando nadie me ve no me limita la piel
Te escribo desde los centros de mi propia existencia
donde nacen las ansias, la infinita esencia
“No enciendas las luces
que tengo desnudos,
el alma y el cuerpo”
Cuando Nadie Me ve
*Alejandro Sanz
6 de out. de 2007
Deseo

Un reposo claro
Y tu corazón caliente,
19 de set. de 2007
CANETA DE OURO (1 NOMEAÇÃO)

Curva esculpida
sobre o vão
do espaço
na pele
onde permaneço
Invento
a palavra
que sofre inquieta
campo minado
dos sentidos
reinvento o sabor
doce e suave
o resto eu sorvo de mim
No corpo leve
que malabariza
lugar nenhum
êxtase
desejo de luz
Vênus
Com muita surpresa recebi a nomeação da Baby,
http://mar-la-vento.blogspot.com/ , do meu poema "Curva Esculpida" . Agradeço a gentileza. Recebo seu convite como um incentivo para não parar nunca de escrever e amar a poesia.
Minhas indicações são:
1. Poema "O cetim inextinguível dos teus beijos" do Nilson- http://nimbypolis.blogspot.com/
2. Poema " Ecrever-te incerto nu" do Ricardo Biquinha- http://www.mgrande.com/weblog/index.php/luzdetecto/
3. Poema "Quando o céu muda" do Daniel-http://aladiah.blogspot.com/
4. Poema "Fado, irrequieto, calado" do Almaro-http://odesenhodohorizonte.blogspot.com/
O prémio foi idealizado por:
ANDRÉ L. SOARES- http://poemasdeandreluis.blogspot.com/ e
RITA COSTA -http://ritacosta-almadepoesia.blogspot.com/
Para conhecer as regras desse evento clique em: http://poemasdeandreluis.blogspot.com/2007/08/prmio-caneta-de-ouro.html#links
18 de set. de 2007
25 de ago. de 2007
12 de ago. de 2007
31 de jul. de 2007
29 de jul. de 2007
O poeta não tem fim...O amor, sim

27 de jul. de 2007
21 de jul. de 2007
O silêncio de Florbela

15 de jul. de 2007
10 de jul. de 2007

Cómo sabría amarte,
7 de jul. de 2007
15 de jun. de 2007
os celeiros onde adormecemos.
carruagens de cedro e ouro,
2 de jun. de 2007
19 de mai. de 2007
Caos do sentidos
13 de mai. de 2007
Uma colina para os lábios

Folheamos agora
dicionários
cada vez mais breves.
De noite,
os teus cabelos
emigram como espigas
de incenso.
Há gerânios pisados
entre os dedos,
dálias virgens sufocadas
na epiderme.
As palavras
só conhecem o limbo,
a rigorosa película da sede...
Albano Martis
8 de mai. de 2007
Quando aqui não estás...
