Há sempre
uma madrugada
em que os candelabros
de ouro enaltecem
mais tuas formas,
a tua alquimia
de pecado e volúpia,
há sempre,
no teu sorriso breve,
uma brisa
que regressa do mar,
trazendo o lamento
dos náufrafos,
a sua sede irremediável.
Nestas horas
de assassinada alegria
ergues os braços
em uma súplica,
mas ninguém te ouve,
ninguém te vê,
encerrada numa
túnica de cores puras.
JoséBaptista
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