-
15 de mar. de 2007
In D'Alfange
Aqui cantaste nua.
Aqui bebeste a planicie, a lua,
e ao vento deste os olhos a beber.
Aqui abandonaste as mãos
a tudo o que não chega a acontecer.
Aqui vieram bailar as estações
e com elas tu bailaste.
Aqui mordeste os seios por abrir,
fechaste o corpo à sede das searas
e no lume de ti própria te queimaste.
"Na varanda de Florbela"
Eugénio de Andrade
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário