19 de mar. de 2007

Quarto de veludo


Abandonas-me ferida
Presa
No declive estonteante
da vertigem
Quando a chuva desce
suave
pela janela
e todas as rosas
murmuram teu nome
Fios de chuvas
transparentes e frias
um exército de teias altas
que enlaçam meu corpo
mas não prendem
Desço lentamente
ao vazio aturdido
do silêncio
do meu quarto de veludo

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